O que aprender com Penélope Featherington da série Bridgerton sobre seu talento no trabalho?

Se você não quer spoilers da história, pare de ler agora! Mas, se está tudo bem para você, aproveite!

Penélope Featherington na série, é uma mulher que desde a primeira temporada se considerava fora do padrão da alta sociedade. Por não ter o padrão de beleza esperado, se sente invisível e rejeitada pelas outras pessoas. E isso não acontece somente em sua comunidade. Acontece também dentro da sua própria casa, onde ela era ignorada e rejeitada pela sua mãe e irmãs.

Seus grandes amores são Eloise Bridgerton, que é a sua melhor amiga desde criança e o irmão dela que ela é apaixonada, o Colin Bridgerton. Penélope é uma mulher doce, introvertida, leal, muito amiga e talentosa. Ela escreve muito bem. Como sempre ficava de canto nas festas, já que ninguém dá bola para ela, ela sabe de tudo o que se passa com as pessoas (os bastidores, fofocas e informações que ninguém sabe).

Ela então decide criar um jornal e começa escrever pelo pseudônimo de Lady Whistledown. Esse jornal começa a fazer sucesso e todos aguardam ansiosamente para saber quais segredos ela irá revelar no panfleto. Até a rainha Charlotte fica muito curiosa pra saber quem é essa mulher admirável, inteligente, que prende a atenção das pessoas e tem um humor ácido. Ela fica bastante incomodada por não saber quem é ela. Ninguém imagina quem é a autora do jornal.

Eis que na terceira temporada, todos ficam sabendo quem está por trás da Lady Whistledown e Penélope finalmente se casa com Colin. Só que ela tem um desafio. Ela precisa escolher se larga a carreira como escritora depois que todo mundo descobre que ela é Lady Whistledown e nessa nova fase dela como casada, porque como esse trabalho trouxe pontos positivos, mas trouxe também consequências negativas para várias pessoas, ele recomenda que ela deixe pra trás essa experiência e siga em frente. Obviamente, ela fica muito na dúvida em deixar pra trás Lady Whistledown.

Essa experiência como escritora a enriqueceu internamente e externamente. Esse trabalho, mesmo que oculto, forjou sua identidade, fez ela ser uma pessoa melhor, trouxe amor, autoestima, esperança, lapidou seu humor, sagacidade, análise, trouxe visibilidade e reconhecimento.

Como deixar para trás uma experiência que se não fosse por causa dela, você não seria quem você é hoje?

Deixar para trás Lady Whistledown, era deixar para trás seu eu do passado. Seria jogar contra seu verdadeiro talento. A saída é sempre a integração e não a separação de quem você era antes com quem você é agora. Ela aprendeu as lições dos atos negativos que as fofocas causaram em algumas pessoas e se arrependeu. Porém, ela não podia deixar para trás esse trabalho só por causa disso. E ela não desiste de seu trabalho como Lady Whistledown. Mesmo com todas as consequências que isso teria para sua vida e seu casamento.

O mais legal foi ver que Colin, relembra das cartas que ela escreveu pra ele enquanto eram amigos e vê o quanto não dava pra separar Penélope de Lady Whistledown, o quanto ela escrevia bem, ajudou ele a escrever seu próprio livro e o quanto ele admirava e se orgulhava daquela brilhante mulher que estava ao seu lado. Com o apoio dele e seguindo sua intuição, ela não desiste do seu trabalho (Ainda bem).

O jeito que ela escrevia, só ela escrevia. Por causa de quem ela era (uma mulher com suas dores, amores e horrores) isso fazia com que ela brilhasse como escritora de um jeito como ninguém tinha visto até então. Isso é se apropriar da sua dor e entregar algo autêntico para o mundo. Isso é ter um trabalho com significado e manifestar a sua EXCLUSIVIDADE no seu trabalho.

Como seria sua vida com um trabalho onde você pode ser quem você é? Onde você pode expressar seu verdadeiro talento? Que te faça evoluir e crescer sem parar? Que te traga abundância interna e externa?